06 fevereiro 2008

Crise Americana

Enquanto o Brasil pulava, o medo da recessão cresceu

Os mercados financeiros internacionais pioraram nestes dias de carnaval enquanto o Brasil esteve entregue às folias carnavalescas. Hoje mesmo a Ásia fechou em forte queda. Em todo este período, as bolsas operaram em baixa na maioria dos países e o medo da recessão americana subiu com a divulgação da taxa negativa da atividade no setor de serviços, pela primeira vez desde 2001, quando o país estava em recessão.

O setor de serviços é o que se mantém por mais tempo com indicadores positivos mesmo quando o resto da economia não vai muito bem. O ISM abaixo de 50 sempre indica queda. E ele ficou em 41,9 e tinha ficado em 54.4 em dezembro. O ISM mede as compras dos gerentes de compras das empresas. No setor industrial já havia registrado queda, mas era esperado, agora mostrou queda também no setor de serviços.
Neste meio tempo, também, enquanto o Brasil pulava seu carnaval, o presidente George Bush divulgou seu orçamento revisto para 2008 e o orçamento de 2009. Nos dois um aumento forte do déficit público. E pior, ele fez projeções excessivamente otimistas para a economia. Se o crescimento não for o que o governo está prevendo, mas sim o que o FED está prevendo, isso pode significar um aumento do déficit em mais US$ 290 bilhões. Com um déficit maior, o governo americano tem menos capacidade de usar o estímulo fiscal para deter a recessão.

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